terça-feira, 15 de novembro de 2011

Resenha | Destino

Destino
Autora: Ally Condie.
Tradução: Lívia de Almeida.
Páginas: 240.
ISBN: 9788560280810.
Editora: Suma de Letras.
Skoob: aqui.

Sinopse:

Cassia tem absoluta confiança nas escolhas da Sociedade. Ter o destino definido pelo sistema é um preço pequeno a se pagar por uma vida tranquila e saudável, um emprego seguro e a certeza da escolha do companheiro perfeito para se formar uma família. Ela acaba de completar 17 anos e seu grande dia chegou: o Banquete do Par, o jantar oficial no qual será anunciado o nome de seu companheiro. Quando surge numa tela o rosto de seu amigo mais querido, Xander - bonito, inteligente, atencioso, íntimo dela há tantos anos -, tudo parece bom demais para ser verdade.

Muito se falou a respeito do livro Destino e eu fui lê-lo esperando algo, no mínimo, empolgante. Destino é um desses livros distópicos que apresentam uma sociedade totalmente utópica e aparentemente perfeita. Mas que, aos poucos, vamos sabendo que não é bem assim.

Imagina você vivendo num mundo em que praticamente tudo o que você faz é controlado por uma sociedade: você não pode comer um bolo de chocolate a não ser em certas ocasiões, não pode escolher o que comer no almoço ou um emprego. Não pode escolher quem passará a vida ao seu lado, porque alguém vai decidir isso para você dizendo que todas as possibilidades indicavam que aquela era a pessoa certa para você. 

Cassia acaba de fazer aniversário e, coincidentemente, é o mesmo dia em que a Sociedade lhe dirá quem será o seu par. Durante a cerimônia, ela fica sabendo que seu par será um amigo de seu próprio bairro, Xander Carrow. O que era algo muito incomum de se acontecer. Incomum, também, era a Sociedade cometer erros. Quando Cassia pega o microcartão com as informações a respeito de Xander e o insere no terminal, uma espécie de computador/telefone, primeiramente, Cassia ver o rosto de Xander. Até que a tela escure e algo estranho acontece. 

"Meu coração para, não acredito no que vejo. Um rosto reaparece no terminal, diante de mim.
Não é o rosto de Xander." Pág. 26.

Como se já não bastasse que ela conhecesse seu par antes mesmo da Sociedade o designar para ela, o novo rosto que aparece no terminal faz com que Cassia fique bastante confusa.

"O rosto que eu vi, o rosto que não era de Xander: eu o conheço também." Pág. 29.

Basicamente, boa parte do livro, como perceberam narrado em primeira pessoa, é sobre Cassia entender por que dois rostos aparecerem no seu cartão de par. Se a Sociedade não comete erros, por que isso aconteceu? Será que eles estavam testando-a? 

Ally Condie tem uma narrativa calma, fazendo do livro algo bom mas não surpreendente. Eu demorei quase um mês para ler as 240 páginas do livro. Acho que fui com muitas expectativas, pois distopia é uma temática que eu gosto muito. Achei interessante várias coisas no livro, como os comprimidos, esse controle absurdo sobre a vida das pessoas, os artefatos que de um modo especial os ligam ao passado e a decisão até de quando vamos morrer. No livro, as pessoas morrem quando completam 80 anos, que é a idade que a Sociedade considera suficiente para se ter uma boa experiência de vida.

Parece que a Ally se preocupou em criar essas cenas para mostrar o que a Sociedade era capaz de fazer em "esquetes", sabe? Como se fossem cenas rápidas de um filme. De repente, estava no Banquete do Par. E no outro momento, ela estava falando a respeito do último dia de vida do avô de Cassia. Notei cenas assim, também, quando ela estava praticando suas atividades ao ar livre junto com Ky enquanto conversavam sobre a Sociedade e outras coisas.

"Lembro das palavras e dos desenhos de Ky e percebo que nenhum lugar é completamente bom. Nenhum lugar é completamente mau. Andei pensando em termos absolutos. Primeiro, acreditva que nossa Sociedade era perfeita. Na noite em que vieram buscas nossos artefatos, acreditei que era perversa. Agora simplesmente não sei o que dizer." Pág. 155.
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