sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Resenha | Um homem de sorte

Um homem de sorte
Autor: Nicholas Sparks.
Tradução: Marsely De Marco Martins Dantas.
Páginas: 349.
ISBN: 9788563219138.
Editora: Novo Conceito.  
Skoob

Sinopse:

Até um ano atrás, Thibault teria pulado de alegria diante da oportunidade de passar um fm de semana ao lado de Amy e suas amigas. Provavelmente, era exatamente isso de que precisava, mas quando elas o deixaram na entrada da cidade de Hampton, com o calor da tarde de agosto em seu ápice, ele acenou para elas, sentindo-se estranhamente aliviado. Colocar uma carapuça de normalidade havia-o deixado exausto. Depois de sair do Colorado, há cinco meses, ele não havia passado mais do que algumas horas sozinho com alguém por livre e espontânea vontade.

Olá, leitores! Hoje eu vou falar sobre Um homem de sorte, o segundo livro do autor norte-americano Nicholas Sparks que eu li. O primeiro que li foi Um amor para recordar e ele já foi resenhado aqui no blog. Um homem de sorte fala sobre o destino e como ele traça caminhos para mudar toda a nossa vida.

Logan Thibault, antes de ser o mocinho perfeito demais para existir por aí, serviu ao exército americano três vezes no Iraque. Enquanto a maioria de seus conhecidos morriam devido à guerra, Logan passava sem grandes ferimentos. Isso porque ele encontrou uma foto e, de acordo com seu amigo Victor, ela era o seu amuleto de sorte. Depois de voltarem da guerra, Victor e Logan se encontram e, durante uma pescaria, Victor diz que Logan tem uma dívida com a mulher da fotografia por tê-lo mantido vivo nos horrores do Iraque. É então que Logan parte em uma caminhada pelos EUA para encontrar aquela mulher.

“Ele gostava de caminhar e tinha um destino ao qual chegar. Simples assim. Gostava de partir quando tinha vontade, no seu próprio ritmo, para o lugar que quisesse. Depois de passar anos cumprindo ordens no Corpo de Fuzileiros Navais, a liberdade o atraía.” Pág. 28.

Elizabeth tem menos de trinta anos, um filho e, depois que se separou de Keith Clayton, nunca mais teve um relacionamento amoroso duradouro. Ela é professora e mora com sua avó, a Nana, que administra um canil. Elizabeth teve um irmão que também foi soldado e que morrera na guerra de modo estranho e misterioso. Antes de morrer, Drake havia feito um pedido especial à irmã, que não conseguiu cumprir a tempo. Elizabeth vive para cuidar de seu filho, até que Logan se aproxima por causa do anúncio de emprego no canil e as coisas começam a tomar um novo rumo.

“O homem sorriu, seus olharem se encontraram, foi uma das poucas vezes na vida em que Beth sentiu uma completa incapacidade de encontrar palavras.” Pág. 85.

Keith Clayton é um personagem bem esquisito, mas na pior forma que essa palavra pode definir um homem adulto, com filho e um emprego de responsabilidade. Ele é policial e, portanto, pertence a uma família de muita importância. Clayton parece um "adolescente", um playboyzinho que acha que pode tudo o que quizer fazer porque conta com o respaldo da influência da família na cidade. Ele chega a ser bem asqueroso em algumas partes da história, principalmente com suas intenções com Elizabeth.

“Ela tinha necessidades, todo mundo tem. E que mal poderia haver se ele a ajudasse a satisfazê-las de vez em quando? Eles já tinham se visto sem roupa antes mesmo, e até tinham um filho juntos. Como é mesmo que se chama isso atualmente? Amigos com privilégios? Com certeza, poderia se imaginar vivendo uma situação dessas com Beth.” Pág. 112.

Eu acho que o Nicholas Sparks é um espertalhão. Mas no bom sentido, é claro. Ele consegue pegar assuntos relativamente simples, contorna de um lado e do outro e faz com que a gente aceite que aquilo realmente é possível. A gente acaba aceitando o fato de que todas aquelas coincidências são possíveis. Enquanto de um lado temos o pai broco de Ben, do outro temos o ex fuzileiro que gosta de tocar piano e, por isso e outras coisas, acaba gerando uma identificação maior em Ben. Não que o garoto não goste do pai dele, mas Ben não gosta do modo como o pai prefere passar os poucos momento que tem ao lado dele.

A leitura do livro flui bem. Eu achei o começo um pouco confuso exatamente por ter a troca do ponto de vista em cada capítulo, vez ou outra juntando dois ou três no mesmo capítulo. Mas depois que a gente acostuma, a gente percebe que o Nicholas conseguiu transmitir a personalidade e os pensamentos de cada um deles muito bem.

É um livro para ser lido com a mente relaxada, livre de qualquer preconceito com a relação a destinos. Porque é possível acreditar que pelo menos uma vez na vida alguém pode viver uma boa história de amor, e verdadeiro.

Assim como outros livros do autor, Um homem de sorte também foi adaptado para as telas. Confira abaixo o teaser e featurette de The lucky one.


“Às vezes as coisas mais ordinárias podem transformar-se em extraordinárias, simplesmente se realizadas pelas pessoas certas.” Pág. 192.
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