sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Divulgação | Companhia das Letras

Olá, leitores! Estou trazendo hoje os lançamentos da editora Companhia das Letras nessas últimas semanas. Não deixem de conferir no site da editora outros livros e ficar por dentro do mundo editorial através do Blog da Companhia. Ah, viram que a resenha de O livro selvagem apareceu nos Links da Semana no blog? Legal, né? 

Marquem os lançamentos no seu Skoob e boa leitura!

Livro 
José Luís Peixoto
Skoob | Capítulo do Livro

O escritor português José Luís Peixoto recria neste romance o sabor das grandes narrativas de formação. A vida de Ilídio, o protagonista, é o relato de uma perseguição que começa no dia traumático em que a mãe o abandonou na infância, avançando através de seu amor pela delicada Adelaide.
Determinada a afastar os jovens amantes, a tia de Adelaide a obriga a emigrar para Paris, seguindo o caminho que fizeram mais de um milhão de portugueses entre os anos 1960 e 1970. De Ilídio, Adelaide carrega só um livro, que recebeu de presente - o mesmo livro que a mãe lhe entregou quando era menino, dizendo que voltava logo.
Na França, a existência de Adelaide é um esforço contínuo para preencher vazios. Mais por infelicidade do que por felicidade, casa-se. Também um livro a conduz a esse marido que parece mais apaixonado pela política do que pela mulher.
O sonho de um reencontro é tortuoso. Mas Ilídio resolve viajar para a França em busca da amada, deixando para trás o pedreiro Josué, o homem que o criou. Cartas que não chegam aos destinatários, buscas que não se completam e amores difíceis trançam este delicado romance, no qual a dor se afirma como primeira condição do existir.

Monstro que é monstro
Renata Bueno

Crianças pequenas costumam se comportar como espécies de monstrinhos, quem tem um exemplar em casa sabe disso. Pensando nos seus, Renata Bueno e Fernando de Almeida criaram uma história sobre as “monstrices” que as crianças gostam de fazer.
E o mais divertido é que aqui são os próprios monstros, aqueles seres horripilantes muitas vezes banguelas, verdes, de um olho só ou com cinco braços, que se lambuzam de picolé, pisam na poça d’água, querem saber o porquê de tudo e fazem cócegas no irmão.
Ilustrado por Fernando de Almeida a partir de uma técnica de colagem, este livro é diversão garantida tanto para os pequenos monstrinhos quanto para seus pais.

Chamadas telefônicas
Roberto Bolaño*
Skoob | Capítulo do Livro

Roberto Bolaño escolheu, para abrir este volume de contos, uma epígrafe de Tchékhov. A citação não é aleatória: assim como o mestre russo, o autor chileno compôs, em Chamadas telefônicas, uma série de histórias curtas, com desfechos inesperados, que abrem caminho para múltiplas interpretações.
Tal é o caso de “Sensini”, o primeiro conto da coletânea, sobre um escritor argentino que se especializou em ganhar concursos literários. Trata-se de personagem arquetípico na obra do autor: um intelectual latino-americano, retratado com uma mescla instável de rancor e compaixão, que não consegue encontrar seu lugar no mundo.
Na segunda parte do livro, em que o espectro metaliterário cede lugar à violência, os leitores de Bolaño reencontrarão “velhos conhecidos”. Em um dos contos, o autor retoma a paisagem da cidade fronteiriça de Santa Teresa, em outro resgata seu alterego Arturo Belano. A sensação de déjà-vu estende-se também à terceira e última parte, protagonizada por personagens femininas indecifráveis. Ao repetir personagens e cenas, Bolaño constrói, livro a livro, um vasto universo ficcional. Estes contos são assim tanto um complemento para os ávidos leitores do autor quanto uma porta de entrada para seu território ficcional.

*nada de confundir "Roberto Gómez Bolaños" com Roberto Bolaño, hein! Um é o Chaves e o outro não haha.
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