sábado, 14 de abril de 2012

Resenha | Água para Elefantes

Água para Elefantes
Autor: Sara Gruen.
Tradução: Anna Olga de Barros Barreto.
Páginas: 272.
ISBN: 9788599296158.
Editora: Arqueiro.

Sinopse:

Desde que perdeu sua esposa, Jacob Jankowski vive numa casa de repouso, cercado por senhoras simpáticas, enfermeiras solícitas e fantasmas do passado. Por 70 anos Jacob guardou um segredo. Ele nunca falou a ninguém sobre os anos de sua juventude em que trabalhou no circo. Até agora.
Aos 23 anos, Jacob era um estudante de veterinária. Mas sua sorte muda quando seus pais morrem num acidente de carro. Órfão, sem dinheiro e sem ter para onde ir, ele deixa a faculdade antes de prestar os exames finais e acaba pulando em um trem em movimento - o Esquadrão Voador do circo Irmãos Benzini, o Maior Espetáculo da Terra.
Admitido para cuidar dos animais, Jacob sofrerá nas mãos do Tio Al, o empresário tirano do circo, e de August, o ora encantador, ora intratável chefe do setor dos animais.
É também sob as lonas dos Irmãos Benzini que Jacob vai se apaixonar duas vezes: primeiro por Marlena, a bela estrela do número dos cavalos e esposa de August, e depois por Rosie, a elefanta aparentemente estúpida que deveria ser a salvação do circo.


Olá, leitores. A resenha de hoje é sobre o livro Água para Elefantes, primeiro livro da autora Sara Gruen que eu leio. O livro é uma cortesia da editora Arqueiro em parceria com o blog. Água para Elefantes conta a história de Jacob Jankowski após a morte de seus pais. Pulando em um trem em movimento, ele acaba se envolvendo no mundo do circo dos Irmãos Benzini – o Maior Espetáculo da Terra.

 "A idade é um ladrão terrível. Justamente quando se começa a entender melhor a vida, a idade nocauteia suas pernas e arqueia suas costas. Ela traz dores, lhe confunde a cabeça e silenciosamente espalha o câncer em sua esposa."
Pág. 15.

Ao contrário do que algumas pessoas podem pensar, a história não tem foco no circo e sim nas pessoas e nos animais que fazem o circo funcionar. Até mesmo os animais têm uma importância na história. Rosie, a elefanta, recebe os cuidados de Jacob e eles criam um laço de carinho que se reflete na vida idosa de Jacob quando aparece a figura da enfermeira Rosemary. Queenie, a cadela de Walter Kinko, é a coisa que mais importa para o anão rejeitado pela própria família. E os cavalos são de suma importância para Malena. É com eles que ela se encontra.

A narrativa, em primeira pessoa, foca em dois momentos da vida de Jacob – sua velhice numa casa de repouso e suas lembranças da época do circo, normalmente surgindo entre um cochilo e outro. O Jacob idoso tem vários momentos de rabugice por se sentir abandonado pela família naquele lugar e, portanto, acaba criando esses momentos engraçados. Ele sabe que é velho, mas não aceita que o tratem como um. Ele quer comer algo mais sólido do que uma papa que lhe oferecem. Afinal, apesar dos seus 90 ou 93 anos, ele ainda tem dentes. Já o Jacob novo é impetuoso, agitado e apaixonado.

A personagem de Marlena, que deveria ser encantadora por ser a paixão de Jacob, não me chamou muita atenção. É compreensível que a vida dela não foi fácil antes do circo e não é tão melhor nele. A gente descobre isso quando ela conta sua história. Mas é indiscutível que torçamos para que ela tenha um final feliz. Das personagens femininas, talvez Bárbara, uma "cortesã",  tenha um pouco mais de carga dramática. Não deve ser fácil ser o tipo de atração que ela é para o circo.

Apesar de não gostar muito de livros com capas inspiradas em pôsteres de filme, a capa desse livro foi o que primeiro me chamou a atenção para ele. A antiga capa, apesar de ter seu charme, não me atraiu muito. Depois, veio a história. Apesar de ser um romance e eu não ser um leitor voraz deles, Água para Elefantes não é piegas. É uma história de amor simples. E, portanto, também é o único ponto fraco. Eu esperava um pouco mais de romance.

Água para Elefantes não se tornou um livro favorito, mas chegou bem perto, com seus personagens bem construídos e sua história bem contada. Já disse outras vezes que eu adoro quando deito a cabeça no travesseiro e a história continua acontecendo na minha cabeça. E nas vezes em que eu coloquei o livro de lado, para dormir ou para estudar, era como se eu ainda o estivesse em mãos e a história continuasse fluindo. Recomendo muito.

Demora um bocado para chegar ao fim do corredor, mas eu consigo – e com as minhas próprias pernas. Fico feliz da vida, embora, ao chegar lá, eu me dê conta de que ainda tenho que descobrir como voltar.” 
Pág. 10.  

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