Autor: Maria Fernanda Guerreiro.
Páginas: 272.
ISBN: 9788563219152.
Editora: Novo Conceito Jovem.
Sinopse:
Sensível e tão real a ponto de fazer você se sentir parte da família, A
filha da minha mãe e eu conta a história do difícil relacionamento entre
Helena e sua filha, Mariana. A história começa quando Mariana descobre
que está grávida e se dá conta de que, antes de se tornar mãe, é preciso
rever seu papel como filha, tentar compreender o de Helena e,
principalmente, perdoar a ambas. Inicia-se, então, uma revisão do
passado – processo doloroso, mas imensamente revelador, pautado por
situações comoventes, personagens complexos e pequenas verdades que
contêm a história de cada um.
Olá, leitores! Hoje eu vou comentar sobre os meus motivos para ter abandonado a leitura do livro A filha da minha mãe e eu. Talvez apareça algum spoiler - mesmo que sem querer -, pois preciso deixar bem claro os motivos de tê-lo abandonado.
A história é narrada em primeira pessoa pela personagem principal. Incomodou-me bastante o fato de Mariana ter uma visão global de momentos da vida de outros personagens em que ela não esteve presente. Para mim, a autora errou ao escolher esse tempo narrativo pois não é assim que funciona com a primeira pessoa. Como Mariana podia saber que o pai tinha ficado atônito ao conversar com a avó que deu um passo para trás ou ouvi-lo falar? Alguns desses acontecimentos se passaram antes de seus pais se conhecerem, e obviamente ela ainda não existia, e são contados como se ela estivesse presente.
A narrativa me irritou bastante. O livro, até onde li, é muito cheio de mágoas, raiva... não há quase nenhum momento em que parei para refletir ou me senti entretido. O duro tratamento que Helena, a mãe de Mariana, dispensa à filha me cansou, achei bastante apelativo o modo com a autora o tratou. Além de outras coisas inseridas à história parecendo "ideia de momento", compreendem?
A quantidade de diálogos seguidos sem narrativa sempre me incomoda em qualquer literatura. Neste livro, apesar do tema abordado, os diálogos são fracos, rasos. A abordagem da história é focada demais na relação de Mariana e sua mãe. Como somos apresentados logo na primeira página a uma garota que descobre estar grávida, esperava algo desenvolvendo mais esse assunto. Tanto que eu lia e não conseguia entender aonde a autora queria chegar.
Dificilmente eu abandono a leitura de algum livro. Ainda mais sendo nacional. Espero que vocês entendam que esses são os meus motivos para não ter curtido a leitura até onde eu consegui levá-la. Se tiverem a oportunidade, leiam e tirem suas próprias conclusões. O fato de eu não ter me identificado com a história, não quer dizer que vocês não possam se identificar com ela.
