segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Resenha | O Atlas do Amor

O Atlas do Amor
Autora: Laurie Frankel
Tradução: Laura Silva Neves.
Páginas: 240.
ISBN: 9788565530057.
Editora: Paralela (Cia das Letras).

Sinopse:

Ninguém sobrevive à maternidade sem aliados - principalmente quando se está em meio a um curso de pós-graduação. Por isso, apesar de descobrir no fim de um semestre que está grávida e de ser abandonada pelo namorado sete anos mais novo, Jill - uma pessoa que considera abrir um pacote de bolachas para o jantar uma grande habilidade doméstica -, ainda pode se imaginar sortuda quando suas duas melhores amigas imediatamente se prontificam a ajudá-la a criar Atlas, o bebê.
Jill, Katie e Janey se mudam então para uma casa maior, arranjam um cachorro e montam uma programação sem intervalos, que inclui cuidar do bebê, assistir às aulas da pós-graduação, lecionar matérias de introdução à literatura, corrigir trabalhos e cumprir a agenda de leituras. Elas esperam que seu esforço seja suficiente para formar uma família para Atlas, mas é claro que tudo acaba se complicando, como acontece em todas as famílias, embora de maneiras que ninguém poderia imaginar.


O Atlas do Amor vai contar a história de uma mãe solteira que conta com a ajuda de suas duas melhores amigas para criar o bebê. Janey, a narradora da história, conheceu Jill na seção de bolachas do supermercado e amizade das duas começou por causa dessa mania de Jill de se alimentar de bolachas. Katie entra na vida das garotas mais pra frente. Considerada antes uma "inimiga", de repente Janey e Jill se veem tão envolvidas com ela que deixam de usá-la como válvula de escape para a pressão da pós e tornam-se suas amigas.

Quando Jill conta às amigas que está grávida, e posteriormente que o pai não está muito interessado em ser pai, as três se juntam para criar o bebê da melhor maneira que puderem. Entre o medo de estarem criando bem o bebê, elas ainda têm a pós para concluir.

(...) Como todo mundo sabe, dizer que nada vai dar errado vem imediatamente antes de tudo dar errado." 
Pág. 51.

A narrativa é em primeira pessoa, pelo ponto de vista de Janey. Apesar da história ser movida pela presença de Atlas na vida dessas amigas, todos os outros personagens também são explorados. Katie não é nenhuma santa e sua personalidade muda conforme as coisas a afetam. Se for algo favorável, ela literalmente se joga. Mas se for algo que afeta suas crenças, ela é bastante sincera. Jason e Lucas são os amigos gays das garotas que querem ter um filho. Daniel, o pai biológico de Atlas, faz alguns questionamentos bem interessantes sobre o fato de se ter um filho. Não que eu concorde com essas ideias que ele tem.

O Atlas do Amor é um livro de fácil leitura, mas que minha ressaca literária fez com que eu demorasse para ler. Com poucas páginas, papel pólen e um bom tamanho de fonte, um leitor sem ressaca consegue ler em um único dia, mesmo fazendo pausas. Recomendo!

"(...) O que aprendi sobre narrativa pessoal naqueles últimos dias foi: se ela é monótona e comum, parece sua; mas no momento em que acontece alguma coisa, no momento em que começa a lembrar um livro ou um filme, não parece mais."
Pág. 31.

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