Resenha | Cidade dos Anjos Caídos

Cidade dos Anjos Caídos
Autora: Cassandra Clare.
Tradução: Rita Sussekind
ISBN: 9788501092717.
Páginas: 364.
Editora: Galera Record.
Capítulo do Livro
Skoob

Sinopse:

A guerra acabou e Caçadores de Sombras e integrantes do submundo parecem estar em paz. Clary está de volta a Nova York, treinando para usar seus poderes. Tudo parece bem, mas alguém está assassinando Caçadores e reacendendo as tensões entre os dois grupos, o que pode gerar uma segunda guerra sangrenta. Quando Jace começa a se afastar sem nenhuma explicação, Clary começa a desvendar um mistério que se tornará seu pior pesadelo.

Cidade dos Anjos Caídos é o quarto livro da série Instrumentos Mortais, por Cassandra Clare. Portanto, se você não leu nenhum dos livros anteriores, essa resenha terá spoilers. Não tenho como falar dessa série sem dizer que meu passado com ela foi cheio de altos e baixos. Cassandra era autora de fanfiction da série Harry Potter e, nos livros anteriores e em Anjo Mecânico, eu encontrei tantos elementos dos bruxosna história que me causou um certo incômodo. Mas em Anjos Caídos, essas similiaridades foram pequenas e, pela primeira vez, não me incomodaram.

Anjos Caídos poderia muito bem ser visto como uma outra série da autora, usando os elementos da primeira parte que engloba Cidade dos Ossos, Cidade das Cinzas e Cidade de Vidro. Narrado em terceira pessoa pelo ponto de vista de vários personagens já conhecidos, a história desse quarto livro é sobre estranhas mortes de Caçadores de Sombras que vêm ocorrendo. Simon Lewis, o melhor amigo de Clary, tem uma participação maior nos acontecimentos. Acompanhamos seus conflitos como Diurno e ele descobre o quão importante essa habilidade de andar sob o sol é.

“(...) - Não é isso que significa o amor? Que deve estar presente para a outra pessoa, independentemente de qualquer coisa?"

Página 125.

Eu tenho a impressão de que a culpa é sempre do Jace. Por conta de uma coisa, ele tenta manter uma certa distância de Clary. Claro que sem explicar para ela os motivos. Ele é um personagem que eu considero bem chato, egocêntrico, um tipo de pessoa que se eu conhecesse pessoalmente acharia insuportável de lidar. No entanto, algumas passagens dele até que me fizeram rir pela primeira vez em quatro livros.

É interessante que se leia Anjo Mecânico antes de se aventurar em Anjos Caídos. Os livros "conversam" algumas vezes, tornando a leitura mais legal. Além disso, personagens que somente foram citados no livros anteriores tem alguma participação na história. Encontrei alguns erros de revisão, como palavras sobrando, mas nada que atrapalhe o desenvolvimento da leitura.

Algumas pessoas que eu conheço acharam o final do livro bem "pqp", mas eu confesso que estava esperando por algo do tipo depois que descobrimos o que estava encoberto sob aquele pano. Aliás, um dos pontos fracos da Cassandra é realmente o final de seus livros. Ela enrola após o clímax ao invés de chegar logo às vias de fato. Quase pulei as páginas para confirmar o que eu suspeitava que fosse acontecer.

“(...) Corações são frágeis. E acho que mesmo quando a pessoa se cura, ela nunca mais volta a ser como era antes. "

Página 209.

É um livro bom e a autora conseguiu prender a atenção. Poderia ter dado tudo muito errado, uma vez que a série era uma trilogia e se tornou uma sextologia. Mas não deu. Vamos aguardar Cidade das Almas Perdidas, que a Galera Record lançará no primeiro semestre de 2013, e ver o que Cassandra nos reservou.