quarta-feira, 27 de março de 2013

Resenha | 4 de Julho

4 de Julho
Autores: James Patterson e Maxine Paetro.
Tradução: Marcelo Mendes.
ISBN: 9788580410198.
Páginas: 207.
Editora: Arqueiro.
Capítulo do Livro
Skoob

Sinopse:

A tenente Lindsay Boxer não podia vacilar: era matar ou morrer. Ela estava na mira de uma arma. Se não puxasse o gatilho da sua pistola, a Polícia de São Francisco perderia um dos seus melhores oficiais. Lindsay não teve dúvida, afinal era legítima defesa. O resultado: uma adolescente morta, uma cidade dividida e a tenente no banco dos réus. Antes de ser levada a júri, Lindsay resolve descansar na pitoresca Half Moon Bay. Mas não é exatamente descanso o que ela encontra. Uma série de crimes vem assustando a pequena cidade. Não há pistas nem testemunhas. Porém um detalhe intriga a tenente e pode ter ligação com um caso jamais resolvido.

Depois que eu li Escola, os piores anos da minha vida eu fiquei com muita vontade de ler um dos livros policiais do James Patterson. Vocês que me acompanham há um tempo sabem que meu forte não é literatura policial, mas acompanhando a série Castle, em que James Patterson já aparece representando ele mesmo, eu passei a ver esses livros com outros olhos.

Vamos conhecer a premissa de 4 de Julho.

Quando a tenente Lindsay Boxer, chefe do Departamento de Homicídios de São Francisco, chega à uma cena de crime ela encontra um adolescente eletrocutado dentro de uma banheira. Um caso semelhante já vinha sendo investigado, mas não havia pistas que pudessem ser levadas aos suspeitos. Durante uma perseguição a um carro com características parecidas com um visto na cena do último, a tenente acaba baleando dois adolescentes que, armados, também atiraram contra ela e seu parceiro. Isso acaba fazendo com que, dias depois, ela receba uma notificação judicial com uma ação indenizatória por "homicídio culposo, abuso de força e má conduta policial" do Dr. Andrew Cabot, pai dos adolescentes em que ela meteu bala. A exemplar tenente Boxer é levada ao tribunal.

Entrementes, enquanto aguarda mais um julgamento, Boxer parte para o que deveriam ser dias de descanso e ficar com as pernas pra cima na casa de sua irmã, na cidade litorânea de Half Moon Bay. Acontece que alguns crimes acontecem enquanto ela está por lá e seus instintos de policial ficam inquietos e ela quer investigá-los.

Jacobi chamava a ambulância quando a garota levou a mão ao bolso da jaqueta e inesperadamente tirou um objeto que fez meu sangue congelar nas veias.
- Ela está armada! - gritei, um segundo antes de ser baleada.
Página 15.

A história, portanto, é desenvolvida entre o julgamento de Boxer pelos incidentes com os Cabot e os assassinatos ocorridos em Half Moon Bay. Os autores estruturaram bem o suspense no julgamento e, apesar de saber qual seria o resultado por dedução própria, ainda senti um frio na barriga quando derem o veredicto. Mas os motivo dos assassinatos eu suspeitei de cara sobre um deles, e adivinhei quem era uma das pessoas envolvidas porque eu simplesmente morro de desconfiança de certos tipos de personagens e, por que não, pessoas.

A narrativa é em primeira pessoa pelo ponto de vista de Lindsay Boxer e em terceira pelo ponto de vista dos três assassinos de Half Moon Bay: o Guardião, a Verdade e o Investigador. Os capítulos são bem curtos, impossibilitando uma abrangência maior dos fatos e desenvolvimento dos personagens mas fazendo com que a história tenha uma fluência muito boa. Tanto que eu terminei de lê-lo no mesmo dia em que eu comecei. 

Este livro faz parte da série Clube das Mulheres Contra o Crime, sendo o quarto dos até então onze já lançados lá fora. Portanto, se você for começar por esse livro, assim como eu, pegará pequenos spoilers dos livros anteriores. Tá, mas aí você me pergunta: Tiago, a Arqueiro não lançou na ordem cronológica por quê? Eu vou explicar para vocês: os três primeiros livros da série foram publicados pela editora Rocco. A partir de 4 de Julho, a Arqueiro lança os livros na ordem correta. As capas da Arqueiros são muito mais lindas, as da Rocco não. Por incrível que pareça, há um pequeno detalhe nesta capa que faz todo sentido quando lemos o livro.

Eu confesso que esperava um pouco mais do livro pela expectativa que eu tinha a respeito do autor como escritor de literatura policial. Mas é uma leitura agradável que eu recomendo.

O ruído contínuo da respiração artificial não me deixava esquecer do que eu tinha feito na noite de 10 de maio. Angustiada, também senti dificuldade para respirar.
Página 136.

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