sexta-feira, 24 de maio de 2013

Resenha | A queda dos reinos

A queda dos reinos
Autora: Morgan Rhodes.
Tradução: Flávia Souto Maior.
ISBN: 9788565765138.
Páginas: 408.
Editora: Seguinte.
Skoob

Sinopse:

Numa terra em que a magia havia sido esquecida e a paz reinara durante séculos, uma agitação perigosa ganha forma quando três reinos começam a lutar pelo poder. Entre traições, negociações e batalhas, quatro jovens terão seus destinos entrelaçados para sempre: Cleo, a filha mais nova do rei de Auranos; Magnus, o primogênito do rei de Limeros; Jonas, um camponês rebelde de Paelsia; e Lucia, uma garota adotada pela família real de Limeros que busca a verdade sobre seu passado. Em A queda dos reinos, Morgan Rhodes constrói uma mitologia complexa e fascinante, que mistura amor proibido, intrigas políticas e profecias milenares. Narrado pelos pontos de vista dos quatro protagonistas, este é o primeiro volume da série.

Desde sempre eu gosto de ler livros que tenham esse tom medieval, com um toque de magia. Ou histórias que tenham um pano de fundo mitológico, como a série de tevê Spartacus. Eu estava bem curioso a respeito desse livro desde que vi o vídeo da Editora Seguinte, no começo do ano, sobre os lançamentos do semestre. Vamos às minhas impressões sobre a história.

O livro já começa de forma instigante. Duas irmãs, Sabina e Jana Mallius, que há anos têm compartilhado segredos invadem um palacete em busca de uma bebê que acreditam ser a citada numa profecia. Essa profecia dizia que uma criança possuiria a magia necessária para encontrar a Tétrade - quatro cristais que conteriam a fonte de todos os elementia, a magia elementar: terra e água, fogo e ar. No entanto, com propósitos pessoais, Sabina acaba matando a irmã e foge com a bebê.

Vários anos se passam e somos levados para um dos três reinos de Mytica, Paelsia. Acompanhamos uma comitiva de Auranos com a princesa Cleiona, seu guarda pessoal Theon e o pretendente dela, Aron, negociando a compra de várias caixas de vinho com um comerciante local. Mas um desentendimento na negociação faz com que Aron mate Tomas, filho do comerciante. Isso faz com que as divergências entre os reinos sejam trazidas à tona e a eminência de uma guerra se faça presente.

A narrativa do livro passeia pelo ponto de vista de vários personagens. Nesta questão, me lembrou um Guerra dos Tronos, mas bem enxuto. Não dá para ficar perdido, porque a autora define bem cada um. Não dá para dizer, também, que há um herói principal ou um vilão numa primeira olhada. Jonas é o que mais se aproxima do herói, por querer justiça ao irmão assassinado. Magnus tem um drama mais humano por conta de seu amor proibido. E Cleo é a que tem um crescimento mais notável durante a leitura.

Uma das coisa que talvez incomodará a quem gosta de saber mais é que a autora não enrola para contar a história. Se os personagens tiverem que viajar para um lugar distante para conversar com alguém, ela não dá uma de Tolkien e diz como a folha caiu da árvore. Ela simplesmente os coloca na situação final, informando que um certo tempo passou.

O que eu mais gostei foi que a autora não teve medo de matar alguns personagens. Lemos imaginando que eles tomarão um certo caminho. Morgan Rhodes se preocupou em apresentá-los, pincelando seu passado e mostrando seus desejos futuros. E, de repente, uma espada o atravessa. Não me levem a mal, mas uma história medieval com toques de magia e guerra pede derramamento de sangue. Senão é apenas um conto de fadas.

Acredito que o público que se identificará é aquele que já está saindo da adolescência, apesar dos personagens serem jovens, alguns em torno dos dezesseis anos.

Indico muito para quem gosta de histórias medievais.

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