segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Resenha | Ame o que é seu

Ame o que é seu
Autora: Emily Giffin.
Tradução: Elenice Barbosa de Araujo.
Páginas: 312.
ISBN: 9788599560532.
Editora: Novo Conceito.
Capítulo do Livro
Skoob

Sinopse:

Em Ame o que é seu o leitor encontrará a história de uma mulher - Ellen - dividida entre o amor real e aquele fatídico 'E, se'. O casamento de Ellen e Andy não parece perfeito, ele é perfeito. São inegáveis a profundidade da devoção mútua e o quanto um esperta o melhor do outro. Mas por obra do destino, certa tarde, Ellen revê Leo pela primeira vez em oito anos. Leo, aquele que partiu seu coração sem se explicar, aquele que ela não conseguiu esquecer.

Olá, pessoal! Hoje a resenha é de um livro que faz um questionamento bem interessante. É o terceiro livro da Emily Giffin que eu leio. Conheci a autora através de Presentes da vida e fiquei bem ansioso por Laços inseparáveis.

(...) eu não iria esquecer daquele momento tão cedo, daquele aperto na garganta ao rever o semblante dele. Por mais que eu desejasse desesperadamente esquecer. Principalmente porque eu queria esquecer.
Página 10.

Acredito que todo mundo em algum momento já se perguntou "E se...?" para várias questões simples ou mesmo para aquelas que podem ser definitivas para a vida. Eu ainda me pergunto hoje em dia várias e várias vezes o que poderia ter acontecido se tivesse feito algo diferente lá atrás ou o que pode acontecer se eu tomar certa atitude. Em Ame o que seu, conhecemos Ellen, uma fotógrafa bem sucedida casada com Andy, um cara perfeito de praticamente todas as maneiras. Mas um dia, enquanto caminha pela rua, Ellen se depara com uma antiga paixão de quem não tem notícia há oito anos.

O fim do relacionamento dos dois foi por um motivo bem fútil e mesmo toda a paixão avassaladora que tinham um pelo outro não foi suficiente para sustentar o relacionamento à época. Após um período de fossa, Ellen deu a volta por cima e começou a namorar o irmão de sua colega de quarto e colocou Leo em uma caixinha escondida da mente. E a aparição repentina dele nos dias de hoje a faz reviver todos aqueles anos e repensar sua vida. Eles acabam voltando a conversar e uma fagulha, uma mínima tensão, volta a existir entre os dois e a criar dúvidas nela.

(...) geralmente existe um passado menos glorioso escondido em algum canto. Há pessoas, lugares e acontecimentos que o levaram até um relacionamento definitivo. Pessoas, lugares e acontecimentos que você preferia esquecer ou, no mínimo, fazer de conta que nunca existiram.
Página 13.

Uma das coisas que eu mais gosto nas personagens femininas da Emily é que elas não são perfeitas. Portanto, são mais reais. Elas amam o parceiro atual, mas não esquecem de outros amores. Elas têm consciência dos erros que suas atitudes impetuosas podem trazer e são capazes de correr os riscos se tiverem a oportunidade de cometê-lo. Eu fiquei bastante inquieto e torci muito para que a Ellen não fizesse nenhuma burrada e estragasse toda uma vida. Se tem uma coisa que me incomoda nas pessoas é a capacidade delas de estragarem o que estão vivendo por bobeira. Emily nos leva até à beira do precipício e encaramos a indecisão da personagem, se ela pula ou não, até que ela toma uma atitude.

A narrativa é em primeira pessoa pelo ponto de vista da Ellen. Por isso, temos uma compreensão maior de seu conflito sobre o que sente pelos dois homens. Será que o amor que sente por Andy é forte o suficiente? Será que a turbulência que a aparição de Leo e tudo o que ela descobre vale a pena em detrimento da vida que construiu ao lado do marido? Por ser em primeira pessoa, a gente acaba descobrindo as coisas juntamente com Ellen uma vez que Emily infelizmente não nos dá uma visão mais holística dos outros personagens. Margot é a irmã de Andy e só descobrimos algumas coisas sobre ela bem mais tarde na história.

Acredito que não é um livro exatamente sobre escolhas, mas sim consequências. E será que estamos todos preparados para aguentar a consequência de nossas escolhas? Recomendo muito esse livro para quem curte um romance mais maduro.

(...) Às vezes, um final feliz é simplesmente impossível. Não importa o que aconteça, eu vou perder algo, alguém.
Página 300.
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