segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Resenha | Anjos à mesa

Olá, pessoal! A resenha de hoje é de um livro de temporada natalina. Para ficar mais legal, a editora Novo Conceito preparou uma edição limitada com uma embalagem especial para dar de presente. Vocês entenderam certo: quando comprarem o livro na livraria, ele virá dentro de uma caixa personalizada. Bem legal, né? E, oh, vale a pena lê-lo.

Anjos à mesa
Autor: Debbie Macomber.
Tradução: Ivar Panazzolo Junior.
Editora: Novo Conceito.
Páginas: 224.
ISBN: 9788581633411.
Capítulo do Livro
Skoob

Sinopse:

Shirley, Goodness e Mercy sabem que o trabalho de um anjo é interminável — especialmente na véspera do Ano-novo. Ao lado de seu novo aprendiz, o anjo Will, elas se preparam para entrar em ação na festa de fim de ano da Times Square. Quando Will identifica dois solitários no meio da multidão, ele decide que a meia-noite será o momento perfeito para dar aquele empurrãozinho divino de que eles precisam para acabar com a solidão. Então, por “acidente”, Lucie Ferrara e Aren Fairchild esbarram-se no meio da alegria da festa, mas, assim como se aproximam, acabam se perdendo: um encontro marcado que não acontece os afasta pelo resto da vida. Ou será que não? Um ano depois, Lucie é a chef de um novo e aclamado restaurante, e Aren é um colunista de sucesso em um grande jornal de Nova York. Durante todo o ano que passou, os dois não se esqueceram daquela noite. Shirley, Goodness, Mercy e Will também não se esqueceram do casal... Para uni-los novamente, os anjos vão usar uma receita antiga e certeira: amor verdadeiro mais uma segunda chance (e uma boa dose de confusão), para criar um inesquecível milagre de Natal.

~Intervenção angelical~

Anjos à mesa é o sétimo livro da série Angels Everywhere, sendo o primeiro, A season of angels, publicado em 28 de dezembro de 1993. No começo, a série contava apenas com três anjos que visitavam a Terra e, de algum modo travesso, interferiam nos acontecimentos da vida de alguém.

6. Surely, goodness and mercy will follow me all the days of my life; and I will have a place in the house of the Lord all my days.
Psalms 23.

Debbie Macombie nomeou os anjos com base no Salmo 23, aquele conhecido por começar com O Senhor é o meu pastor, nada me faltará. Sob a regência do anjo Gabriel, Shirley, Goodness e Mercy são Embaixadoras da Oração, cujo papel é fazer com que os humanos percebam o quanto eles podem fazer por si próprios com a ajuda de Deus. Mas sem interferir diretamente na vida deles. 

Shirley fora uma Anjo da Guarda e seu instinto natural a leva a proteger os pequenos; Goodness sente-se atraída pelas luzes, pela tecnologia primitiva da Terra comparada com a do céu; Mercy, por sua vez, aparenta ser a mais séria, tentando sempre seguir as regras e andar na linha, mas também vive se metendo em encrencas. As três anjos têm uma nova missão e uma grande responsabilidade: treinar o novo Embaixador da Oração, Will. Ele é um jovem anjo bastante entusiasmado que logo em sua primeira visita a Terra já arrumou uma encrenca.

~A encrenca de Will~

Na Bíblia, há uma passagem que diz que tudo nesta vida tem um tempo para acontecer. Na noite de Ano-Novo, Will interfere em um encontro que estava marcado para acontecer dali a um ano, próximo da noite de Natal. A breve história entre Lucie Ferrara e Aren Fairchild deveria ter um final feliz no topo do Empire States, mas um acidente de percurso acontece e os afasta por onze meses.

(...) Como eu disse, não há um calendário exato para encontrar a pessoa certa. Você não faz 21 anos e imediatamente conhece o homem dos seus sonhos. Acontece quando tem que acontecer.
Página 42.

Agora, Lucie e Wendy, sua mãe, estão a todo vapor administrando o Encantos divinos, um restaurante tão famoso que as reservas precisam ser feitas com bastante antecedência. Aren, por sua vez, assina uma coluna de crítica gastronômica para o Gazeta de Nova York. Sob o pseudônimo Eaton Well, ele escreve uma crítica negativa sobre um dos melhores pratos do local sem saber quem comandava a cozinha. Numa nova oportunidade, praticamente forçada pelos comentários criticando sua resenha, ele finalmente revê Lucie e o conflito da história, enfim, começa.

~Desenvolvimento e narrativa~

Desde que li O amor mora ao lado, eu percebi que Debbie tem uma narrativa bem gostosa. Foi um dos motivos de eu ter solicitado Anjo à editora. Ela consegue apresentar a essência dos personagens em poucas palavras sem deixar questões na nossa cabeça. Por ser o sétimo livro de uma série, imaginamos que haverá spoilers dos outros. Ma as histórias anteriores não fazem falta para o entendimento desta. Algumas coisas são citadas e não aprofundadas. As cenas são fluídas, a autora vai direto ao ponto sem enrolar ou correr velozmente.

A narrativa é em terceira pessoa pelo ponto de vista dos anjos e dos humanos. As margens possuem alguns detalhes, como arabescos. É engraçado ver como a personalidade dos anjos se assemelham muito a de uma criança, porque eles têm uma certa inocência e curiosidade natural em relação a todas as coisas. E, apesar de Gabriel insistir que não devem nunca interferir na vida dos seres humanos, eles vão lá e fazem alguma coisa. Os humanos são mostrados como aquelas pessoas que sabem o que querem lá no fundo, mas o orgulho muitas vezes é maior e não deixa que elas corram atrás.

~E por que vale a pena lê-lo, Tiago?~

Não são todos os livros de Natal que respiram o Natal. Este, no entanto, é um livro cuja temática do Natal está presente em todos os momentos. Ele pode começar no Ano-Novo, mas nas pequenas coisas ela já está lá. É claro que o fato de haver anjos e uma mensagem religiosa (oi, o Natal é uma comemoração comumente religiosa) contribuem para o espírito natalino praticamente transbordar das páginas. Quando eu busco ler um livro com essa temática, eu realmente espero todos os elementos e mensagens que ele deveria ter. Eu curti bastante a leitura e espero que, mesmo fora de época, vocês tenham a oportunidade de lê-lo também.

- Mas primeiro, e isto é o mais importante, devemos ensinar a esses humanos uma lição. Então, e somente então, seremos capazes de ajudá-los com seus problemas. A dificuldade verdadeira surge quando eles não querem aprender. Algumas pessoas parecem querer que Deus intervenha e atenda a seus pedidos sem que contribuam para isso.
Página 13.
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