segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Resenha | A menina que semeava

Olá, galera! Hoje eu vou comentar sobre um livro que fala sobre câncer e como a fantasia pode aliviar a pressão da doença.

A menina que semeava
Autor: Lou Aronica.
Tradução: Maria Angela Amorim de Paschoal.
Editora: Novo Conceito.
Páginas: 416.
ISBN:
Classificação: 4,5/5.
Capítulo do Livro
Skoob

Sinopse:

Chris Astor é um homem de seus quarenta e poucos anos que está passando pelo mais difícil trecho de sua vida. Ele tem uma filha, Becky, de 14 anos, que já passou imensas dificuldades até chegar a se tornar uma moça vibrante e alegre, mas que parece que terá que enfrentar mais um grande problema em sua vida. Quando Becky era pequena e teve câncer, Chris e ela inventaram um conto de fadas, uma fantasia infantil que adquiriu vida e tornou-se um terrível, provavelmente fatal, problema. Agora, Chris, Becky e Miea (a jovem rainha da fantasia criada por pai e filha) terão que desvendar um segredo: o segredo de por que seus mundos de fantasia e realidade se juntaram neste momento. O segredo para o propósito disso tudo. O segredo para o futuro. É um segredo que, se descoberto, irá redefinir a mente de todos eles.A menina que semeava é um romance de esforço e esperança, invenção e redescoberta. Ele pode muito bem levá-lo a algum lugar que você nunca imaginou que existisse. Uma fantasia que trabalha assuntos densos como a separação dos pais, oncologia infantil, separação de filha e pai, adolescência. A menina que semeava não é um livro sobre adolescentes comuns. É sobre uma que se deparou prematuramente com a ameaça do fim e teve de tentar aprender a lidar com ele.

Seria maravilhoso se pudéssemos escapar de nossos problemas por algumas horas usando nossa imaginação, nossa criatividade. A gente que tem o costume de ler tem essa válvula. Pegamos um livro e, na melhor das hipóteses, torcemos para chegar num final feliz. Mas e quando é uma criança de cinco anos  que precisa fugir da realidade? Como aliviar as dores e os medos de um ser tão inocente diante de uma doença tão devastadora?

É aí que um pai, ou uma mãe, demonstra toda a força dessa responsabilidade assumida e coloca seus próprios medos de lado apenas para ver o sorriso tomar conta do rosto do filho ao ouvir que sempre haverá um lugar neste mundo com que ele poderá contar para se sentir bem.

A história

Chris e Becky criaram Tamarisk, um reino fantástico, enquanto a menina, aos cinco anos, passava por um tratamento para combater a leucemia. Havia um rei e uma rainha que tinha muito orgulho da filha inteligente que tinham. Havia um monte de magia por lá. Enquanto vivia aquelas histórias, Becky se sentia muito bem. Agora, aos catorze anos, o câncer de Becky entrou em remissão, seus pais estão divorciados e ela não sabe muito bem para onde fugir para se sentir bem novamente. É então que ela passa por uma experiência literalmente fantástica.

Becky descobre que o reino de Tamarisk realmente existe.

Narrativa e personagens

Em três pontos de vista principais, acompanhamos o desenvolvimento dessa história. Acompanhamos Chris, um pai que tenta seguir em frente com sua vida amorosa enquanto tenta se acostumar ao novo cargo administrativo que não é exatamente onde ele gostaria de estar. Becky tenta ser uma adolescente comum, onde se apaixona e tem uma melhor amiga com quem sempre pode contar. E em Tamarisk, uma rainha lutando para combater a praga que aflige o reino que tanto ama.

Alguém pode dizer que Lou Aronica desprezou a mãe a favor do pai. Polly é muito cética e fria em relação às fantasias criadas por Becky e Chris; mas o câncer também a apavora e esse jeito de ser é o modo que ela encontrou para lidar com ele e não pirar. Chris, por sua vez, a princípio aceita as histórias de Becky porque quer passar mais tempo com a filha e vê-la feliz. Aos poucos, ele se convence que há mais do que ele pode compreender nas coisas que a filha lhe conta.

Concluindo

Uma das coisas que eu mais gostei neste livro é que a doença não é tratada como assunto principal. Ela é mais um ingrediente que vai fazer com que quem leia tenha sua própria interpretação do que acontece tanto em Tamarisk quanto no mundo real. Eu não posso dizer que me arrependi de não ter lido antes, porque talvez eu não tivesse gostado o mesmo tanto que eu gostei lendo agora.

Espero que vocês possam lê-lo!

Eles precisavam superar a dor. Precisavam superar o sofrimento. Precisavam abraçar a essência.
Somente eles poderiam decidir a sina de um mundo de possibilidades.
Página 140.

Compre o livro:
.
Image Hosted by ImageShack.us
Image Hosted by ImageShack.us
Image Hosted by ImageShack.us