sexta-feira, 14 de março de 2014

Resenha | Recomeço

Olá, galera. Hoje vou comentar sobre um livro com uma temática bem curiosa.

Recomeço
Autora: Cat Patrick.
Tradução: Rachel Agavino.
Editora: Intrínseca.
Páginas: 304.
ISBN: 9788580574753.
Classificação: 4/5.
Skoob

Sinopse:

Tudo começou com um acidente de ônibus. Daisy Appleby era pequena demais para lembrar — tem apenas flashes do acidente que a matou, e de ter sido trazida de volta à vida. A partir daquele momento, ela se tornou uma das catorze crianças que fazem parte de um programa secreto do governo que visa aprovar um novo medicamento: o Recomeço. Daisy já morreu algumas vezes, e a cada morte ela recebe um novo sobrenome, vai para uma nova cidade e ganha uma nova história. A única constante em sua vida é a própria inconstância. Ao conhecer Matt e Audrey, seus primeiros amigos de verdade, após sua quinta morte, ela tenta criar raízes em mais um lar e começa a descobrir segredos sobre o programa Recomeço. Quanto mais informações vêm à tona, mais Daisy percebe que não passa de um peão em um jogo sinistro, que pode revelar que seu mundo — e tudo no ela que acredita — é uma grande mentira.

Cat Patrick é também autora de Deslembrança, um livro que eu tenho muita vontade de ler devido aos bons comentários que li a respeito na blogosfera. Através da parceria com a Intrínseca, eu tive a oportunidade de ler o seu segundo romance e conhecer a escrita da autora.

A história

(...) Os sons perdem a clareza. O mundo se reduz a nada e, antes que eu possa ter outro pensamento,
  já estou morta.
Página 11.

Recomeço começa de forma bem instigante, com a personagem principal, Daisy Appleby, simplesmente morrendo. Alguns dias depois, nós vamos encontrá-la se mudando do Michigan para o Nebrasca, com um novo sobrenome e largando tudo o que conhecia para trás. Na nova escola, Daisy West conhece dois irmãos, Audrey e Matt, que logo se tornam grandes amigos. Daisy não pode deixar em momento algum escapar que ela faz parte de um projeto do governo dos EUA chamado Recomeço.

Agora que vem, talvez, a parte um pouco mais complicada de entender do livro, porque Cat explica a conta-gotas. O Recomeço é tanto o nome de um projeto quanto o nome de um medicamento que visa reanimar ou reviver as pessoas que morreram em decorrência de algum acidente. Pessoas que morrem em decorrência de doença não conseguem ser revividas. No original, o título é Revived. Grosso modo, é como se fosse uma reanimação por choque só que injetável. Daisy faz parte do projeto desde pequena quando sofreu um acidente de ônibus juntamente com várias outras pessoas. Boa parte conseguiu ser reanimada pelo Recomeço e ganhou uma vida completamente nova, embora tivessem de abrir mão de tantas coisas importantes por essa segunda chance de continuar vivendo.

Daisy pouco tem a reclamar de sua participação no projeto. Isso até que ela passa a descobrir informações que podem revelar um plano muito maior por trás dele.

Narrativa

Parece que Matt é o sol e que preciso de óculos escuros: sua presença é intensa demais, preciso de um momento para me acalmar.
Página 74.

Um problema que eu tive em relação à leitura foi a forma como a autora nos situa em relação ao mundo que cerca a personagem. Fiquei bem confuso no começo sobre o que de fato é o Recomeço e algumas das expressões usadas para definir quem faz parte do projeto, como Deus, discípulos e convertidos. É preciso deixar claro que tudo isso é explicado mais pra frente.

A narrativa em primeira pessoa mostra uma adolescente que tem ânsia por se fixar em algum lugar e ser uma garota relativamente normal e não alguém que mudará de cidade sempre que algo coloca em risco a descoberta do projeto. Daisy não é muito questionadora. Antes do acidente de ônibus, ela vivia com freiras. Aquela é a vida que ela tem e aceita. Ela só precisa de um gatilho para começar a mudar e encontra isso num garoto de quem está afim.

Conclusão

Recomeço foi uma experiência de leitura bem bacana. O enredo tem um pé leve em conspiração que ajuda na fluência da leitura. O final foi satisfatório, embora uma ou outra situação não tenha recebido uma conclusão definitiva.

- Eu gosto de você. Você é, tipo, uma coisa boa que apareceu no meio das ruins. Está me ajudando a lembrar que ainda existem coisas positivas no mundo.
Página 123.

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