sexta-feira, 9 de maio de 2014

Resenha | Me liga

Olá, galera! Comento hoje sobre um livro bem legal que eu li em um dia.

Me liga
Me liga
Autora: Sarah Mlynowski.
Tradução: Fabiana Colasanti.
Editora: Galera Junior.
Páginas: 320.
ISBN: 9788501083548.
Classificação: 5/5.
Capítulo do Livro
Skoob

Sinopse:

Aos 17 anos, a vida de Devi está de pernas pro ar. Depois de começar a namorar Bryan, negligenciou as amigas, os estudos e, depois que ele terminou com ela, está sem nada: sem perspectiva de uma boa faculdade, sem mais amigas, sem namorado. Se ela pudesse bater um papo com a Devi do passado... O que, após um incidente estranho com seu celular, é exatamente o que pode fazer! Agora que só consegue ligar para a Devi de 14 anos, parece que é finalmente a sua chance de consertar a própria vida. Ela tem o passado – ou melhor, o futuro – nas mãos. É só dar um telefonema.

Eu não saberia muito bem o que dizer se tivesse a oportunidade de conversar com uma versão mais nova minha. Normalmente, a gente logo pensa em consertar ou modificar certas atitudes e escolhas que deram errado. Estudar mais para não tirar uma nota ruim numa prova e perder a chance de entrar numa boa faculdade. Respirar fundo antes de dizer alguma coisa que termine uma amizade duradora. Ou que tal deixar de conhecer o amor, essa coisa capaz de modificar tanto a nossa vida que não conseguiríamos seguir em frente sem ele por perto?

É praticamente nessas situações que vamos encontrar a personagem principal de Me liga.

Se eu pudesse voltar no tempo, a coisa mais importante que eu diria a mim mesma seria isso: nunca, jamais, se apaixone pelo Bryan.
Página 10.

Devorah Banks tem 17 anos e acaba de resgatar seu celular de um mergulho no chafariz do shopping. É nesse chafariz que as pessoas jogam moedas e pedem para que algum desejo se realize. O último pensamento de Devorah antes do celular cair lá é voltar no passado e impedir que a Devorah de 14 anos se envolva com Bryan. Apavorada, toda molhada e com uma gosma verde no corpo, ela aperta todas as teclas do aparelho esperando que ele não tenha pifado de vez. É então que uma ligação é completada e Devorah começa um curioso papo consigo mesmo aos 14 anos.

Devorah tem a chance de mudar tudo na sua vida se conseguir convencer a Devorah do passado a fazer tudo o que ela gostaria.

A narrativa em primeira pessoa intercala o ponto de vista das duas Devis. É curioso ler um livro em que a personagem principal é uma ao mesmo tempo em que ela é duas. Conseguiram entender? Cada uma, porém, tem uma personalidade diferente. Eu não gostei muito da Devi do futuro, porque eu a achei bastante egoísta com algumas posturas em relação ao seu eu do passado. Enquanto a outra Devi tem todo o trabalho, ela apenas usufrui do que acontece - seja para o bem ou não. A Devi do passado é mais sonhadora, talvez até deslumbrada, e carismática. É o tipo de pessoa que quer aprender com os próprios erros.

Há várias passagens bem engraçadas. A que descreve a risada da Devorah é a melhor. Ela é escrita de forma tão divertida que, enquanto escrevo e lembro, já estou rindo novamente.

Sarah Mlynowski é também autora de Dez coisas que nós fizemos (e provavelmente não deveríamos) e da série Magic in Manhattan, publicados pela Galera.

(...) Talvez eu tenha feito um desejo. Talvez ele tenha se tornado realidade. Talvez eu tenha ligado para mim mesma no passado. Talvez eu possa continuar ligando para mim mesma no passado. Dou mais um gole na Coca. Talvez eu tenha ficado louca.
Página 31.
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