quarta-feira, 25 de junho de 2014

Resenha|Sorteio: Belle Époque

Olá, galera! Hoje eu comento sobre um livro que traz uma ideia bem curiosa.

Belle Époque
Autora: Elizabeth Ross.
Tradução: Jorge Ritter.
Editora: Verus.
Páginas: 294.
ISBN: 9788576863076.
Classificação: 4,5/5.
Skoob

Sinopse:

Na Paris da Belle Époque, tudo está à venda — inclusive a beleza. Quando Maude Pichon foge de casa, na provinciana Bretanha, e vai para Paris, seus sonhos românticos evaporam tão rápido quanto suas economias. Desesperada para arrumar um emprego, ela responde a um estranho anúncio de jornal — a Agência Durandeau está em busca de jovens pouco atraentes a fim de fornecer a suas clientes um serviço singular: uma moça sem graça contratada para acompanhar as damas da sociedade e fazê-las parecer mais belas.

Belle Époque chamou minha atenção primeiro pela capa. Ao meu ver, ela foi trabalhada para refletir bem o que vamos encontrar no livro. Ela é tão bonita e tão simples ao mesmo tempo dependendo dos olhos de quem vê e admira.

- Ser uma repoussoir exige um delicado equilíbrio: num primeiro momento, passar despercebida e ser considerada uma dama da sociedade, para em seguida repelir o olhar de si mesma para a sua cliente, com certeza mais atraente.
Página 33.

Belle Époque conta, em primeira pessoa, a história de como Maude Pichon, que fugiu de um futuro indesejável na Bretanha em busca do glamour na Paris do século XIX. Com uma mão na frente e outra atrás, ela responde a um anúncio de jornal da Agência Durandeau. É uma agência especializada em arrumar repossuirs para as damas da alta sociedade francesa. Uma repoussoir é uma mulher pouco bela, que tem a função de fazer com que sua contratante se destaque.

Normalmente, as clientes que contratam têm um acordo mútuo com a repoussoir. Ela sabe para o que está sendo contratada e a cliente também. Mas Maude descobre que sua primeira cliente a contrata para ser a amiga de sua filha Isabelle, que não desconfia de nada, para ela se destacar na temporada e arrumar o melhor partido para se casar. Porém, a cada encontro com Isabelle, Maude a conhece um pouco mais e sua consciência começa a pesar por toda a enganação que coloca sua amizade com a jovem numa linha bem tênue.

A pessoa tem que engolir muito o orgulho para se submeter a ser uma repoussoir. Você tem sua auto estima, pouco liga para a aparência. Mas quando as pessoas usam os seus defeitos como qualidade para o que elas querem, aí sim isso começa a machucar feio. Chega a ser cruel. Mas de vez em quando aparece alguém que percebe a beleza que a gente começa a rejeitar existir na gente e nos tornamos uma coisa linda, voltamos a nos redescobrir. Elizabeth mostra isso com Maude, porque no começo o orgulho dela é muito grande para submeter seus defeitos aos caprichos da sociedade.

Eu achei bem interessante o fato da autora escolher a época da construção da Torre Eiffel para ambientar a história de Belle Époque. Não sei se vocês sabem disso, mas além da torre ter sido primeiramente planejada para ser desconstruída após o evento que levou à sua construção, muitas pessoas a consideravam uma cicatriz na paisagem de Paris. Eram contra a construção. Hoje, ela é um dos maiores símbolos de beleza do mundo moderno.

Recomendo bastante para quem gosta de romances de época cujos relacionamentos amorosos não são o foco principal. Eles estão lá, obviamente, mas certamente a intenção da autora foi mostrar uma sociedade louca, em que a aparência e o egoísmo se sobressai aos sonhos.

- Você não pode julgar um livro pela capa - digo. - Há mais sobre uma pessoa do que a aparência. E as qualidades ou a maneira como ela conversa e dá atenção para você?
Página 41.
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