sexta-feira, 27 de junho de 2014

Resenha | Réquiem

Olá, galera! Hoje eu comento sobre o último livro da trilogia Delírio. Pequenos spoilers dos livros anteriores.

Réquiem - Delírio #3
Autora: Lauren Oliver.
Tradução: Regiane Winarski.
Editora: Intrínseca.
Páginas: 304.
ISBN: 9788580575170.
Classificação: 3,5/5.
Skoob

Sinopse:

No desfecho da trilogia em que o amor é considerado uma doença, Lena é um importante membro da resistência contra o governo. Transformada pelas experiências que viveu, está no centro da guerra que logo eclodirá. Depois de resgatar Julian de sua sentença de morte, Lena e seus amigos voltam para a Selva, cada vez mais perigosa. Enquanto isso, Hana, sua melhor amiga de infância, foi curada. Ela leva uma vida segura e sem amor junto ao noivo, o futuro prefeito. Às vésperas do casamento e da eleição - cujo resultado pode dificultar ainda mais a vida dos Inválidos -, Hana se questiona se a intervenção realmente tem efeito. Vivendo em um mundo dividido, Lena e Hana narram suas histórias em capítulos alternados. O que elas não sabem é que, em lados opostos da guerra, suas jornadas estão prestes a se reencontrar.

Eu conheci Delírio há muitos anos, antes mesmo do primeiro livro ser lançado no Brasil, através de vídeos de outros blogueiros e achei bem estranha essa ideia de o amor ser considerado uma doença e as pessoas precisarem passar por uma intervenção para serem curadas. Depois, eu percebi que a ideia é realmente boa, mas arriscada se não bem usada.

(...) Esta é a lei da selva: você precisa ser maior e mais forte e mais corajoso. Precisa ferir ou será ferido.
Página 29.

Para quem não sabe, réquiem é uma prece aos mortos. Uma canção cantada nos momentos fúnebres. Esse título carregado com essa ideia sombria faz referência aos zumbis, as pessoas que escolheram viver sem o amor.

Eu sinceramente esperava mais do final da trilogia. O primeiro livro é muito bom, com uma narrativa poética gostosa de ler e com a construção e desconstrução dos personagens bem feitas. Pandemônio mantém a qualidade e termina com um final impactante, que fez gerar uma expectativa para o último livro que não acabou se concretizando pra mim. Afinal, se o mote é o amor ser considerado uma doença, Lauren teve em mãos uma boa chance de recriar o clichê do triângulo amoroso. Mas acabou que, ao meu ver, não foi algo forte e, sim, simples e okay.

Lauren usou dois pontos de vista em Réquiem. Temos Lena na selva nos mostrando os planos da resistência sobre a guerra iminente e seus conflitos internos sobre o retorno de Alex à vida. Na cidade, somos agraciados pela visão de Hana sobre os planos de fechar a cidade que não acredita no amor como liberdade dentro de um muro maior e mais forte que a antiga cerca. Eu curti mais os capítulos de Hana por causa da agilidade e questionamentos sobre a eficácia da intervenção. As partes de Lena foram, para mim, mais cansativas de ler.

A cena final trouxe uma mensagem muito clara sobre o que se deve fazer para se ter amor. Ela veio, porém, precedida de uma cena de ação que "sofreu" um corte tão repentino que eu estranhei muito e cheguei a pensar que faltavam páginas. O final ficou em aberto, Lauren deixou para o leitor imaginar o que veio depois.

É isso que me espanta: que as pessoas são novas todos os dias. Que nunca são as mesmas. Precisamos inventá-las a todo momento, e elas precisam se reinventar também.
Página 79.
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