segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Resenha | Ladrões de sonhos - A Saga dos Corvos #2

Ladrões de sonhos
Autora: Maggie Stiefvater.
Tradução: Jorge Ritter.
Editora: Verus.
Páginas: 434.
ISBN: 9788576863212.
Classificação: 4,5/5.
Capítulo do Livro
Skoob

Sinopse:

Ladrões de sonhos, o segundo volume da Saga dos Corvos, traz de volta a imaginação selvagem e as reviravoltas eletrizantes que somente uma autora original como Maggie Stiefvater é capaz de criar. Ao lado de Blue, os garotos corvos — o privilegiado Gansey, o torturado Adam, o espectral Noah e o sombrio e perigoso Ronan — continuam sua busca pelo lendário rei galês Glendower. Mas suas explorações enfrentam um duro contratempo conforme segredos, sonhos e pesadelos começam a enfraquecer a linha ley — um canal invisível de energia que conecta lugares sagrados e que pode levá-los até o rei. Será por isso que a floresta mística de Cabeswater sumiu inexplicavelmente? Quem é o misterioso Homem Cinzento e por que ele está procurando o Greywaren, uma relíquia que permite tirar objetos de sonhos? E o que isso tem a ver com o indecifrável Ronan? Conforme Blue e os garotos corvos procuram respostas a essas e outras questões, o perigo que os envolve se torna cada vez mais real, e será preciso apostar todas as fichas nessa aventura enigmática.

É engraçado como Ladrões de sonhos se torna um livro tão diferente de Os Garotos Corvos quando a autora meio que descentraliza a história da personagem principal e começa a focar em outros que, apesar de terem vez no primeiro livro, não possuíam um destaque tão grande. Logo nas primeiras páginas, Maggie dá a dica sobre a história que vem a seguir e os segredos que envolvem a família de Ronan Lynch.

Mas antes de falar sobre os Lynch, os acontecimentos que culminaram no desfecho do livro anterior têm consequências por aqui. A mais marcante de todas é o enfraquecimento da linha ley. Quem leu Garotos sabe que a linha tem um certo poder e que algumas coisas dependem dela para continuarem a existir - ou serem vistas, como preferirem. Enquanto os personagens prosseguem em busca de Glendower e das peculiaridades que envolvem a floresta, um novo personagem surge para nos deixar com uma coceira sobre suas reais intenções. O Homem Cinzento chega em Henrietta em busca de algo chamado Greywaren, que seria algo capaz de pegar coisas do sonho e trazê-las para a realidade.

Vocês conseguiram captar algo nisso, certo?

Uma das coisas que eu gostei bastante nos dois livros é que o romance está longe de ser o foco da história. Mesmo com a previsão do beijo fatal que Blue daria no seu verdadeiro amor, Maggie não força a barra em nenhum momento. Muito pelo contrário, ela meio que tira um sarro. Uma das cenas mais legais ocorre entre Blue e Noah, para vocês terem uma ideia. É claro que há o romance romântico também. Em curtas doses, mas há. Ainda falando nisso, estou muito curioso para saber como a autora desenvolverá essas camadas de Ronan que ela revelou no livro.

A narrativa da autora continua bem peculiar. Eu ainda não sei muito bem como descrevê-la. Antes de conhecer a escrita de Maggie, esperava uma leitura bem poética. E o que eu encontrei é uma escrita mais crua e direta. Gostei bem mais disso no segundo livro que no primeiro, embora eu goste bastante da saga como um todo.

Recomendo muito para quem quer conhecer toda uma nova mitologia. Maggie criou algo bem diferente e espero que continue desenvolvendo sempre mais.
Comprem o livro

Image Hosted by ImageShack.us
Image Hosted by ImageShack.us
Image Hosted by ImageShack.us