Autora: Jennifer Niven.
Tradução: Alessandra Esteche.
Editora: Seguinte.
Páginas: 336.
ISBN: 9788565765572.
Classificação: 5+.
Capítulo do Livro
Skoob
Comprem o livro: Submarino | Saraiva.
Sinopse:
Dois jovens prestes a escolher a morte despertam um no outro a vontade de viver.
Violet Markey tinha uma vida perfeita, mas todos os seus planos deixam de fazer sentido quando ela e a irmã sofrem um acidente de carro e apenas Violet sobrevive. Sentindo-se culpada pelo que aconteceu, Violet se afasta de todos e tenta descobrir como seguir em frente. Theodore Finch é o esquisito da escola, perseguido pelos valentões e obrigado a lidar com longos períodos de depressão, o pai violento e a apatia do resto da família.
Enquanto Violet conta os dias para o fim das aulas, quando poderá ir embora da cidadezinha onde mora, Finch pesquisa diferentes métodos de suicídio e imagina se conseguiria levar algum deles adiante. Em uma dessas tentativas, ele vai parar no alto da torre da escola e, para sua surpresa, encontra Violet, também prestes a pular. Um ajuda o outro a sair dali, e essa dupla improvável se une para fazer um trabalho de geografia: visitar os lugares incríveis do estado onde moram. Nessas andanças, Finch encontra em Violet alguém com quem finalmente pode ser ele mesmo, e a garota para de contar os dias e passa a vivê-los.
Eu recebi a prova do livro Por lugares incríveis da Editora Seguinte e fiquei ansioso para lê-la. Uma das primeiras coisas a me chamar a atenção foi a capa, com esse toque jovem e libertador que ela inspira. Depois que eu comecei a lê-la, eu fui me encantando pela escrita e construção da história e não tive outra opção senão favoritar após terminar.
É o segundo livro da editora Seguinte que eu leio e termino surpreso com o desfecho encontrado pela autora. O anterior é Mentirosos. Acredito que está faltando na literatura finais surpreendentes. E embora eu tenha dito que fiquei surpreso, o final de Por lugares incríveis pode até ser esperado por alguns.
É o segundo livro da editora Seguinte que eu leio e termino surpreso com o desfecho encontrado pela autora. O anterior é Mentirosos. Acredito que está faltando na literatura finais surpreendentes. E embora eu tenha dito que fiquei surpreso, o final de Por lugares incríveis pode até ser esperado por alguns.
(...) um ponto positivo da vida é que podemos ser alguém diferente pra cada pessoa.
Página 36.
A autora trabalha com assuntos bem polêmicos e sempre atuais: o suicídio e a depressão. Neste caso, na adolescência. Outro assunto também retratado é como lidamos com a culpa do sobrevivente, como prosseguir quando acreditamos ser culpado pela morte de outra pessoa. Principalmente quando é de alguém bastante querido.
Já começamos a história acompanhando Violet e Finch escolhendo saltar do alto de uma torre da escola em que estudam. Violet perdeu a irmã recentemente num acidente de carro e ainda não superou a perda. Finch é o esquisito da escola que tem por hobbie colecionar formas de cometer suicídios. Ali no alto da torre quem salva Violet é o garoto, mas a impressão que fica para quem vê do chão é que foi o contrário. Mas Finch não se importa com o que os outros pensam. Não a esse respeito.
(...) Você tem que viver sem arrependimentos. É mais fácil fazer a coisa certa desde o início pra que não tenha que pedir desculpas depois.
Página 113.
Esse é aquele instante único na vida em que duas pessoas se encontram e tentam, com suas dores e perdas, compreender um ao outro e encontrar algum sentido para seguir em frente.
Theodore Finch é o personagem mais sensacional do livro, embora haja vários outros. Cada um com suas peculiaridades. Finch é perseguido pelo seu jeito estranho, sofre bullying na escola e não tem o melhor relacionamento do mundo com o pai, que vive com outra mulher. Ele me surpreendeu em vários momentos por conta do "altruísmo", como quando prefere deixar que pensem que Violet o salvou e não o contrário. E me decepcionou em outros - mas sobre este eu não posso falar sem dar spoiler. A forma como ele leva a vida mostra o lado despreocupado do garoto com o que vão pensar a seu respeito. E mesmo nos momentos mais complicados, ele nos encanta com poucas palavras e preocupação com quem ele ousou encantar. Violet, por sua vez, me surpreendeu quando aceitou ser o par de Finch na tarefa de geografia - visitar lugares incríveis no estado e registrar os momentos. Isso porque ela permitiu a aproximação do garoto, sentiu que valia a pena se arriscar a ser a garota de sempre com ele.
É engraçado perceber que Finch consegue com Violet ser ele mesmo e ela consegue com ele viver os dias sem a pressa pela qual tanto queria.
Jennifer Niven não culpa ninguém por tudo o que houve na vida desses dois jovens. Mas ela pincela os contornos que a indiferença pode fazer na vida de quem claramente precisa de ajuda, de mais do que o necessário.
Ternura e aconchego em forma de livro. Parece estranho dizer que é isso o que o leitor vai encontrar num livro que fala sobre depressão, suicídio e morte. Mas é nisso que reside a habilidade da autora Jennifer Niven de contar a história desses dois jovens. Ela nos envolve nessa narrativa, nos fazendo amar algumas atitudes de Violet e Finch e também questionar muitas outras.
É engraçado perceber que Finch consegue com Violet ser ele mesmo e ela consegue com ele viver os dias sem a pressa pela qual tanto queria.
Jennifer Niven não culpa ninguém por tudo o que houve na vida desses dois jovens. Mas ela pincela os contornos que a indiferença pode fazer na vida de quem claramente precisa de ajuda, de mais do que o necessário.
Ternura e aconchego em forma de livro. Parece estranho dizer que é isso o que o leitor vai encontrar num livro que fala sobre depressão, suicídio e morte. Mas é nisso que reside a habilidade da autora Jennifer Niven de contar a história desses dois jovens. Ela nos envolve nessa narrativa, nos fazendo amar algumas atitudes de Violet e Finch e também questionar muitas outras.
Aprendi por experiência própria que a melhor coisa a fazer é não falar o que realmente pensamos. Se não falamos nada, as pessoas concluem que não estamos pensando em nada além do que deixamos que elas vejam.
Página 124.