quinta-feira, 25 de junho de 2015

Resenha | Elena, a filha da princesa

Marina Carvalho é uma autora que eu sempre tive curiosidade de ler. Apesar de ter os três primeiros livros dela publicados - Simplesmente Ana, De repente Ana e Azul da cor do mar -, não cheguei a ler nem um. Sempre despertou a curiosidade, mas não parecia que chegava o momento certo de ler.



Com o novo livro publicado agora pela Galera, acreditei que estava na hora de conhecer a escrita da autora. Elena é um spin-off de "Ana". Os acontecimentos ali narrados se passam, até onde consegui compreender, após os dois primeiros livros. Portanto, se vocês não se importam de receber spoilers sobre os acontecimentos narrados naqueles livros, a leitura de Elena é indicada.

Vamos conhecer, então, Elena, a segunda em sucessão ao trono de Krósvia. Porém, Elena se encontra em missão humanitária, ensinando crianças o prazer de ler, de saber escrever. Uma ligação de seu pai, Alexander, no entanto, faz com que Elena retorne ao reino a fim de passar uma temporada com a mãe, devido ao estado "duplamente" delicado em que se encontra.

Em Krósvia, muitas coisas estão acontecendo. Rebeldes pretendem mudar o regime político, um casamento e Luka. Quando adolescente, o intransigente Luka despertou vários sentimentos na filha da princesa, inclusive a fúria. Agora, o primo rebelde está de volta e desperta tudo o que há de mais contraditório nela.

Uma das coisas que eu preciso falar é que eu cheguei em torno da página 80 e não entendi qual o rumo que Marina pretendia dar à história. Em alguns momentos, dá a entender que ela pretende abordar um relacionamento new adult quando fala da rebeldia de Luka e em como isso afeta todos ao seu redor. Em outros, tende a ser uma história contemporânea com toques distópicos. Afinal, há um grupo rebelde que quer tirar o governo atual do poder - mesmo que é esse governo não tenha um ar tirano e totalitário.

Eu não sei se é uma característica da autora, mas algumas passagens me pareceram imaturas. Acredito que faltou um pouco mais de trabalho no texto para evitar expressões e palavras, não há outra forma de descrevê-las, bobas. O badboy de Marina, por exemplo, conhece a história de Pollyanna - aquela do jogo do bem. Não que isso seja proibido, mas não combina com o tipo na minha opinião.

É interessante observar que a escrita da autora é muito boa. A leitura flui, os sentimentos que ela propõem aparecem - principalmente quanto ao amor em família. Outro ponto positivo é o cuidado com a ortografia. Não me recordo de qualquer erro.


Autora: Marina Carvalho.
Editora: Galera Record.
Páginas: 322.
ISBN: 9788501104366.
Classificação: 3,5/5.
Capítulo do Livro
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