Há algum tempo, eu comprei um patins porque estava me dando vontade de ter um novamente. A última vez em que eu coloquei os pés em um, sem brincadeira, foi há mais de dez anos. É claro que rolou o maior medo de levar um tombo, daqueles bem feios, quando, enfim, eu os colocasse nos pés e me colocasse em pé.
Por incrível que pareça, na primeira vez em que eu andei pra valer não aconteceu sequer um tombo. Claro que eu demorei um pouco para manter o equilíbrio, lembrar novamente como é que se fica em pé de uma plataforma vacilante. Dica: os pés precisam ficar em V. Os primeiros passos foram bem desafiadores, uma vez que o patins que comprei desliza que é uma beleza. Eu tinha que imaginar uma linha reta e passar, alternadamente, os pés por cima dela.
Até agora, o meu maior problema com o patins é saber parar. É usar aquele freio da parte de trás. Eu sempre imagino que vou cair quando inclino o pé. Por isso, eu prefiro diminuir a velocidade e dar um meio círculo para frear. Andar de patins agora adulto me fez lembrar das manobras que eu fazia quando criança, pré-adolescente. Coisas que eu jamais vou me arriscar a fazer agora. É uma sensação muito boa, de liberdade. É divertido, mas como qualquer atividade física tem seus momentos cansativos.
Aí é só descansar um pouco, tomar uma água e voltar a ficar de pé. Acreditem em mim: andar de patins é como andar de bicicleta. Não se esquece!
