Resenha | Naomi e Ely e a lista do não-beijo

Quando um novo livro do Levithan é anunciado, eu sempre tenho muita vontade de ler. Desde que eu li Todo dia, o autor teve minha atenção.

Naomi e Ely conta a história de dois grandes amigos que criaram uma lista de caras que eles não podem jamais beijar. Naomi sabe que Ely é gay, mas mesmo assim acredita que o cara pode se apaixonar por ela. As coisas ficam bem estranhas quando Ely acaba beijando o ex namorado de Naomi, que por acaso é um dos caras da lista do não-beijo.

Até aí, tudo bem. O conflito da história começa e a gente passa a questionar a validez da lista. Uma vez que Ely quebra a regra principal, descobrimos que Naomi também não tinha intenção de levá-la muito a sério. Então, vários outros personagens que fazem parte do cotidiano dos dois começam a também narrar a história. E são muitos. Muitos. E isso para o meu gosto pessoal não foi uma escolha muito legal. Funciona para mostrar como a amizade deles começou, é e afeta as pessoas ao redor. No entanto, senti que fugiu um pouco do foco.

Algumas dessas passagens chegam a ser completamente desnecessárias e, por conta disso, quebram o fluxo da história. Eu queria um pouco mais de drama, de briga. Afinal, se você rouba o namorado de alguém uma grande treta pode acontecer. Faltou isso, faltou treta.

Não é o primeiro livro que eu leio do Levithan como co-autor. Outro que li foi Invisível. E essa breve experiência com os livros de escrita dupla me fazem pensar que David como autor único é muito bom. Não posso falar a respeito de Rachel, pois nunca li nada dela antes de Naomi e Ely.

Autores: Rachel Cohn e David Levithan.
Tradução:.
Editora: Galera Record.
Páginas: 256.
ISBN: 9788501103123.
Classificação: 3/5.
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