quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Resenha | A Herdeira - A Seleção #4

Eu acompanhei o lançamento dos livros da série A Seleção desde o começo. A capa bonita e a ideia central de Kiera para desenvolver seu livro é bem chamativa. Gostei muito do primeiro livro, o segundo me fez questionar se Kiera sabia para onde estava se encaminhando e o terceiro quase - quase - me fez acreditar que não havia um planejamento completo da trilogia.

Então, ela anunciou o quarto livro e fiquei pensando: o que de novo ela terá para contar que necessita um ou dois livros a mais para contar?

O que é A Seleção

A Seleção é um reality show em que trinta e cinco pessoas são sorteadas ou escolhidas para participar de um momento único em suas vidas. Quando o herdeiro direto ao trono de Illéa se torna maior de idade, A Seleção pode ser iniciada para ele ou ela encontrar seu parceiro para o trono real. Foi assim que Maxon acabou encontrando sua rainha, casou e teve alguns filhos.

Dentre eles, a princesa Eadlyn.

Illéa passa por uma nova fase. As castas que definiam onde cada habitante se encontrava deixaram de existir e cada um pode escolher o que considera o melhor caminho para si mesmo. Mas isso parece não satisfazer a todos - afinal, o que satisfaz? Para tentar refrear os ânimos do povo, o rei e a rainha propõem uma distração: uma nova seleção. No entanto, eles precisam convencer a orgulhosa filha a passar por todo o processo.

O que Kiera não fez

Vamos pensar o seguinte. Se J. K. Rowling resolvesse escrever um novo livro de Harry Potter, não faria sentido escrever sobre uma criança que sofreu um ataque para, no futuro, descobrir que é a única pessoa capaz de parar o domínio do mal. Assim como não teria feito sentido Tolkien criar uma nova jornada para destruir um objeto mágico capaz de restituir o poder de um dos seres mais malignos que já existiu.

Então, por que Kiera acreditou que uma nova seleção, invertendo os papéis, seria algo empolgante o suficiente para sustentar novos livros? Porque isso foi para mim a única coisa relativamente nova que A herdeira me apresentou.

Eadlyn não é tão diferente da America jovem, com seu comportamento arredio. Não me cativou, mas também não me empolgou. A verdade é que eu tive pouca empatia com os novos personagens, sendo o livro para mim apenas uma chance de saber o que houve com os personagens anos depois da seleção de Maxon e América.

Kiera teve oportunidade de fazer de Eadlyn uma personagem maravilhosa. Com os protestos acontecendo por Illéa, e com todo o estudo que a garota tem que fazer para futuramente comandar o país, era de se esperar que houvesse uma aproximação da realeza com o povo e não um modo de aliená-los. Teria sido maravilhoso vê-la em campanhas por Illéa tentando compreender a necessidade do seu povo, lutando para tentar modificar a vida deles. No fim, fiquei com a impressão de que a família real não sabe o que está fazendo naquele castelo.

Concluindo

A herdeira não me impressionou tanto. O livro é bem razoável no começo e tem uma boa melhora quando a seleção começa. No todo, é uma boa leitura pra quem curte os livros.

Autora: Kiera Cass.
Tradução:.
Editora: Seguinte.
Páginas: 392.
ISBN: 9788565765657.
Classificação: 3,5/5.
Capítulo do Livro
Skoob
Comprem o livro: Nobel | Submarino | Saraiva.

Image Hosted by ImageShack.us
Image Hosted by ImageShack.us